data-filename="retriever" style="width: 100%;">
Foto: Pedro Piegas (Diário)
Enquanto algumas profissões estão paralisadas ou atuando em home office durante o isolamento social, outras garantem, dia a dia, a segurança da população. Policiais militares e bombeiros contam um pouco sobre como está o trabalho desde que a pandemia chegou em Santa Maria. Rotinas, que antes eram preenchidas por abordagens, prisões, resgates em acidentes de trânsito e incêndios, deram lugar a ocorrências menos graves, como acidentes em casa e apreensão de drogas.
Para a Brigada Militar (BM), houve queda no número de furtos e roubos a pedestres, e aumento das apreensões de drogas. Para os bombeiros, o número de resgates diminuiu, e as ocorrências mais corriqueiras durante a quarentena foram as queimadas em campos e atendimentos pessoais como mal súbito.
Santa Maria registra 21 novos casos de coronavírus
O soldado Roberto Oliveira do Nascimento, que atua na Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (Rocam) da BM, conta que, além das apreensões de drogas, o período de isolamento gera mais atritos entre familiares e vizinhos.
- Com o pessoal em casa, tivemos mais ocorrências de perturbação da tranquilidade e casos de Maria da Penha - diz.
Os policiais militares atuam com álcool gel e máscara. O soldado Jheison Dorneles de Souza conta que, além disso, é feita a higienização constante das viaturas e dos materiais utilizados:
Em 2 meses com toque de recolher, São Sepé registra cinco ocorrências de aglomeração à noite
- Quando é feita uma abordagem, logo após, é necessário realizar a higienização de tudo que teve contato com outra pessoa. Se é feita condução de um preso, também disponibilizamos uma máscara para ele. Os cuidados que tomamos não devem ser apenas conosco, mas também com terceiros.
Já as chamadas ao Corpo de Bombeiros também têm foco em situações domésticas. O soldado Wagner Londero Severo, que atua no resgate do 4° Batalhão de Bombeiros Militar (4° BBM), explica:
- Tivemos uma queda significativa de atendimentos a acidentes de trânsito, justamente pelo isolamento social. Mas passamos a atender mais ocorrências de mal súbitos e pequenos incêndios residenciais.
Após o expediente, os cuidados das duas corporações continuam. A volta para casa envolve preocupação com filhos, pais e familiares próximos. Para garantir a prevenção e a segurança, antes de deixar o trabalho, grande parte da corporação realiza higiene pessoal no próprio quartel. Até o momento, não há registro de nenhum policial infectado pelo coronavírus na corporação.
- Tenho dois filhos pequenos e logo que começou a quarentena, fiquei 15 dias afastado deles. Agora, para evitar possíveis contágios, eu cumpro com as orientações dadas - conta o policial Souza.
Já o bombeiro Londero diz que, no geral, a rotina dos bombeiros segue normal. O que mudou foi o cuidado com a prevenção. Agora, os integrantes usam protetores de acrílico, além de máscaras.